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Apesar das recentes polêmicas, Rachel Scheherazade renova contrato por mais 4 anos com o SBT

A jornalista evangélica Rachel Scheherazade, que recentemente causou polêmica com seus comentários sobre os “justiceiros” que prenderam um suposto assaltante nu a um poste na zona sul do Rio de Janeiro, renovou essa semana seu contrato com o SBT.

Scheherazade chegou à emissora como uma contratação pessoal de Silvio Santos, mas a repercussão de suas opiniões transmitidas pelo telejornal que apresenta iniciou uma polêmica nacional, motivando uma representação contra o SBT no Ministério Público e até mesmo a censura de opiniões nos programas jornalísticos da emissora.

Nas últimas semanas, a jornalista chegou a negociar sua saída para a Band, mas reuniões com a cúpula do SBT ao longo dessa semana culminaram na renovação de seu contrato. Após reunião com o vice-presidente José Roberto Maciel e o diretor de programações, Leon Abravanel, seu contrato foi renovado por mais 4 anos.

– A proposta da Band me deixou dividida quanto ao meu futuro, mas não foi adiante. Não senti segurança no projeto que eles tinham para mim na emissora. Não ficou claro onde iria atuar: se faria bancada com o Boechat, se iria para o Café com Jornal, ou se estaria junto com o Boris Casoy. Diante das incertezas, achei melhor optar por não trocar de casa – afirmou a jornalista.

– Estou feliz em renovar com o SBT. Desejo que essa parceria possa ser duradoura e produtiva – afirmou Rachel.

Rachel comentou também sobre a censura de opiniões que ainda vigora nos telejornais do SBT, e afirmou que o próprio Silvio Santos lhe garantiu que essa situação será revertida em breve.

– É interesse da emissora que as opiniões voltem. Não sei se após as eleições, eles não me falaram de prazo. Mas o próprio Silvio Santos me falou que eu ficasse tranquila, pois as opiniões irão voltar. Acho que ele fala sério, afinal o sucesso do SBT Brasil e o diferencial do programa são exatamente as opiniões dos âncoras. O Joseval Peixoto também sente falta – afirmou a jornalista, em entrevista à revista Veja.

– Eles estão pensando num programa que aborde temas polêmicos e que possa trazer opiniões conflitantes de especialistas e também de leigos, mostrando uma variedade de pontos de vista. A conclusão do programa traria a minha opinião. Mas nada está definido. Acredito que, com o contrato assinado, vamos sentar para pensar o programa. Cada coisa ao seu tempo – completou.

Por Dan Martins | Fonte:Gospel+

Rachel Sheherazade pode ganhar programa de opinião no SBT

Em entrevista ao jornal O Globo a jornalista Rachel Sheherazade afirmou que pode ganhar um programa de caráter opinativo e informativo. A decisão de não deixar que os âncoras do “SBT Brasil” opinem partiu da direção da emissora diante da pressão política.

“Tivemos uma reunião com a cúpula da emissora, e essa solução nos foi apresentada para proteger a minha imagem profissional”, disse a jornalista que entendeu a mudança adotada pelo canal.

Apesar dos descontentamentos com as opiniões da jornalista, a audiência do jornal cresceu e houve também aumento de anunciantes. “A fórmula de reunir, em um único produto, notícias e opiniões foi um sucesso. Mas, a televisão é um mundo em constante movimento. É preciso estar preparado e aberto a toda mudança”, disse.

Sheherazade foi contrata pelo SBT justamente por conta de seus comentários que a destacaram quando ela trabalhava na transmissora do SBT em João Pessoa (PB). Há três anos Rachel e sua família se mudaram para São Paulo para que ela pudesse trabalhar na sede do SBT como âncora do principal telejornal da emissora.

Com a mudança Rachel e o jornalista Joseval Peixoto só poderão ler os editoriais escritos pela equipe, representando a opinião da emissora diante das notícias. Rachel afirma que ficará muito à vontade para cumprir esse novo papel, pois esta também é uma função do âncora.

Mas apesar de não deixar sua opinião no ar, ela continuará sendo um profissional de opinião. “A forma de um jornal não muda a essência do seu jornalista. Continuo sendo uma profissional independente, corajosa e de opinião”.

Pressão política

A decisão da emissora não foi tomada a pedido do público e nem dos anunciantes. Sheherazade deixa claro que nunca foi pressionada pelos telespectadores, mas sim por partidos políticos.

“Não houve pressão dos anunciantes. A única pressão foi política, vinda de dois partidos PSOL e PCdoB, que ingressaram com representações contra minhas opiniões na TV aberta”, disse.

Os deputados federais Ivan Valente e Jandira Feghali, ambos do PSOL, pediram o afastamento da jornalista da TV por conta de uma opinião dada por ela ao comentar o caso do jovem infrator que foi preso em um poste no Rio de Janeiro por “justiceiros”.

Sheherazade disse que era compreensível a atitude da população diante da falta de ação do Estado em barrar a violência, mas para os deputados a jornalista fez apologia ao crime.

Fonte:GospelPrime

“Silas Malafaia e Toni Reis não representam a opinião de todos os evangélicos ou homossexuais”, afirma diretor de site gay. Leia na íntegra

“Silas Malafaia e Toni Reis não representam a opinião de todos os evangélicos ou homossexuais”, afirma diretor de site gay. Leia na íntegra

A audiência pública para discussão do PL 122 no senado, promovida pela senadora Marta Suplicy, reunirá entre os participantes o pastor Silas Malafaia e o presidente da ABGLT, Toni Reis.

O diretor do site MixBrasil, Marcelo Cia, publicou artigo sobre a futura audiência e afirmou que nenhum dos dois representam a opinião da totalidade de seus setores: “Silas Malafaia, o telepastor, representa uma minoria entre os evangélicos, ele é a voz midiática dos ultraconservadores cristãos brasileiros. E eles são poucos. Nem todo evangélico é contra os direitos da população LGBT. E Toni Reis também não representa os gays. Ele é a voz, apenas, de parte do movimento militante organizado. E isso é bem pouco”, escreveu.

Para Marcelo Cia, a expectativa em torno da audiência pública é grande, porém, em sua opinião, se resumirá a um debate entre duas figuras: “É uma audiência pública sobre o PLC 122 marcada pelo gabinete da senadora Marta Suplicy. Será um debate entre duas pessoas, nada além. Mas já se forma uma aura de que se trata de algo maior, de uma discussão entre evangélicos versus gays. Como um UFC. Mas não é não”.

O colunista lamenta que o debate em torno da lei tenha se tornado no que ele classifica como “palco” e afirma que o clima em torno do projeto é negativo: “Será uma discussão meio inútil para ambos os lados. Na real, até negativa. Ninguém ganha com essa belicosidade, com essa guerra formada entre o movimento gay e as frentes evangélicas. Mas tem gente que adora um palco. Fazer o que?”, questiona.

Confira abaixo a íntegra do artigo “UFC no Senado: gay contra evangélico”, de Marcelo Cia:

No dia 15 de maio próximo, em Brasília, acontecerá uma discussão no Senado entre o pastor Silas Malafaia e o militante gay Toni Reis, presidente da ABGLT. É uma audiência pública sobre o PLC 122 marcada pelo gabinete da senadora Marta Suplicy. Será um debate entre duas pessoas, nada além. Mas já se forma uma aura de que se trata de algo maior, de uma discussão entre evangélicos versus gays. Como um UFC. Mas não é não. Vamos combinar: Silas Malafaia, o telepastor, representa uma minoria entre os evangélicos, ele é a voz midiática dos ultraconservadores cristãos brasileiros. E eles são poucos. Nem todo evangélico é contra os direitos da população LGBT. E Toni Reis também não representa os gays. Ele é a voz, apenas, de parte do movimento militante organizado. E isso é bem pouco. Mas, de um jeito ou de outro, o clima no Senado não será dos mais tranquilos.

Malafaia está sob a mira do Ministério Público por conta de um processo movido pela ABGLT. Pode ser que ele seja obrigado pelo MP a se desculpar em público por ter dito que a igreja Católica deveria “descer o porrete” nos organizadores da Parada Gay de SP que usou imagens de santos na edição do ano passado. Já Toni Reis têm nas mãos elementos novos para a discussão, em especial a aprovação da lei anti-homofobia no Chile (em resposta ao cruel assassinato de um homossexual) e a morte violenta de um casal em Maceió há dez dias.

De um jeito ou de outro, tenho cá para mim que será uma discussão meio inútil para ambos os lados. Na real, até negativa. Ninguém ganha com essa belicosidade, com essa guerra formada entre o movimento gay e as frentes evangélicas. Mas tem gente que adora um palco. Fazer o que?

Fonte: Gospel+