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Caso PNE. Cadê o CNJ para condenar o preconceito do ativismo gay?

Num Brasil moralmente corrompido, politicamente liberal e aderente a um ateísmo moderno, questionador e vazio – por não ter qualquer sentido racional e experimental; segue-se a isso tudo uma desenfreada campanha pró-gayzismo nesta federação. O ativismo do “arco-íris das minorias” em sua faceta política perdeu mais uma no campo das leis e imposições federais, e desta vez na área da instrução escolar através do Plano Nacional de Educação (PNE).

No último dia 22/04/14, na Câmara Federal o PL 8035/2010, de origem do executivo pelo senador Vital do Rêgo, que propunha que fosse incluído no Plano Nacional de Educação (PNE) o ensino da ideologia de gênero nas escolas para os próximos 10 anos. Felizmente depois dos apelos e pressões feitos por católicos e evangélicos em prol da defesa e manutenção da família tradicional (pois o tal Projeto de Lei por extensão corromperia o sentido tradicional de família), a maioria dos parlamentares reprovaram a inclusão do texto final que o propunha para o contexto curricular e educativo de nossas redes de ensino público.

Qual é o problema em relação à ideologia de gênero? A palavra “gênero”, segundo os proponentes da ideologia de gênero, deve aos poucos substituir o uso corrente de palavra “sexo” e referir-se a um papel socialmente construído, não a uma realidade que tenha seu fundamento na biologia. Desta maneira, por serem papéis socialmente construídos, poderão ser criados gêneros em número ilimitado, e poderá haver inclusive gêneros associados à pedofilia ou ao incesto. É o que diz, por exemplo, a feminista radical Shulamith Firestone: “O tabu do incesto hoje é necessário somente para preservar a família; então, se nós nos desfizermos da família, iremos de fato desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas específicas” (trecho retirado do livro A Dialética do Sexo). Ora, uma vez que a sexualidade seja determinada pelo “gênero” e não pela biologia, não haverá mais sentido em sustentar que a família é resultado da união estável entre homem e mulher.

Na mesma data em que o PL 8035/2010 foi rejeitado na câmara, representantes do ativismo gay presentes na casa de leis e muito revoltados, acabaram por ameaçar a pastora e Dra. Damares Alves (assessora da frente parlamentar evangélica). As agressões verbais e incitações rancorosas foram feitas aos berros contra os evangélicos ao ponto de chamar a atenção da própria polícia legislativa e que por fim tiveram que intervir, levando tanto os agressores gays quanto a vítima (a Dra. Damares) à delegacia de polícia da câmara. Ocorrências como essa comprovam que esse mesmo ativismo pró-gayzista que por força e meios nada democráticos e educados e que quer exigir respeito e compreensão, é o mesmo que bufa de ódio, se nutre de rancores e destila preconceitos contra os cristãos, a ponto de esbravejar aos quatro cantos do plenário 5 (local onde se deu a votação): “TODOS OS EVANGÉLICOS DEVEM SER QUEIMADOS VIVOS EM UMA FOGUEIRA.”; e ainda; “OS EVANGÉLICOS SÃO UMA DESGRAÇA PARA O BRASIL E DEVEM SER EXTERMINADOS”.

É uma pena que o mesmo estardalhaço que fizeram pelas declarações de Raquel Sheherazade (privando-a de suas opiniões na TV) não aconteça neste caso público que envolveu um cristão e o ativismo gay dentro da casa de leis desta nação. Não houve pronunciamento do alto escalão do CNJ, sequer houve repercussão nos meios de comunicação; porque afinal de contas, desdenhar, achincalhar, xingar, zombar e ameaçar crentes está na moda e de forma alguma é considerado preconceito ou fóbico. Os mesmos representantes da justiça, da mídia e os “valetes e damas” da causa gay e da ideologia de gênero, deveriam ter-se pronunciado contra esse comportamento indecoroso, criminoso e sobretudo revelado no pior nível do preconceito, aquele que de tão baixo empurra para o abismo da violência verbal e física – como foi neste caso.

Para os posudos a defensores dos pobres e oprimidos do movimento GLBT e da ideologia de gênero, o pronunciamento condenatório contra o mau comportamento de seus próprios representantes, seria no mínimo necessário e justoMas porque se calam? Porque esse ativismo que não representa todo o pessoal GLBT, quer obter privilégios e impor uma conduta forçada a nós e a nossa prole, na base do grito, das ofensas e da violência; e isso meus amigos, não é nada democrático e só leva a delegacias e a detenções!

Por   |  Fonte:Gospel+

 

O Protestantismo e o Estado de bem-estar social

Dois elementos caracterizam os países escandinavos: o protestantismo histórico e o Estado de bem-estar social. Com maiores índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Noruega, Suécia, Islândia e Dinamarca desbancam países de maioria católica, como Polônia, Espanha, Malta, Andorra. Mas à que se deve o crescimento verificado nos países escandinavos? Poderíamos atribuir ao Protestantismo Histórico, ou a política de bem-estar social promovida pelo Estado? São processos combinados, intercalados, indissociáveis? Seja qual for a posição defendida, o fato é que os Estados Escandinavos são exemplos de como um Estado deve funcionar, da maneira como deve se dirigir ao povo, aos cidadãos de seu domínio.

Desenvolvido a partir da década de 1930, o Estado de bem-estar social foi principalmente impulsionado pela Social-Democracia, em um meio caminho entre o capitalismo e o socialismo. Passou por um período de crise na Inglaterra, sendo substituído pelo Neoliberalismo – fato que ocasionou a perda de direitos adquiridos, levando a uma nova crise social. Nos países nórdicos, no entanto, o modelo progrediu e hoje é referência mundial em “políticas públicas”. Diferente de alguns países latino-americanos – que tratam as “políticas sociais” como assistencialismo -, os países escandinavos as veem como um “investimento”, uma maneira de “impulsionar o crescimento”. É o que defendia o sociólogo, economista e social-democrata sueco, Gunnar Myrdal (1898-1987).

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A lógica é a seguinte: com a população desfrutando de bens públicos de qualidade, obviamente haverá reflexos no mercado de trabalho, na economia nacional. São elementos, características, indissociáveis. Matéria publicada em 2013 pela The Economist (revista com base em Londres, Inglaterra), afirmou que os “países escandinavos são provavelmente os melhores governados no mundo”. No mesmo ano, um relatório da ONU (o World Happiness Report 2013), sublinhou que os países mais “felizes do mundo estão localizados no norte da Europa, e tem a Dinamarca como cabeça”. Além de melhor IDH do mundo, os nórdicos também possuem o mais alto PIB (Produto Interno Bruto) em relação a outros países desenvolvidos. Prova do Estado de bem-estar social, a primeira vítima fatal da polícia islandesa ocorreu em dezembro de 2013, quando um senhor de menos de 60 anos foi morto após troca de tiros. Foi um “incidente sem precedentes”, demonstrou o chefe de polícia nacional, Johannessen, em uma coletiva com a imprensa em Reiquejavique.

A Invenção das Asas, o Militarismo e o Cristianismo Brasileiro

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Escrito pela norte-americana Sue Monk Kidd, o livro A Invenção das Asas relata a história de uma jovem que, em meio a uma sociedade escravocrata, passou a defender o Abolicionismo e o fim dos maus tratos à mulher. A história, investigada por Kidd durante dois anos, se passa em 1803, em Charleston, Carolina do Sul, nos EUA. Neste ano, a pequena Sarah Grimké recebe de presente uma servente negra, chamada Hetty. Ambas tinham onze anos. Grimké, que desde os quatro anos de idade manifestava repudio a injustiça praticada contra negras, viu uma oportunidade de contextualizar sua aversão. Ao invés de escrava, Hetty passou a ser tratada como irmã, alguém da família. Foram trinta e cinco anos de convivência.

Sarah Grimké, ao desafiar sua própria família escravocrata, comum no sul dos Estados Unidos, entrou para a história como a “primeira abolicionista feminina dos EUA”. Escreveu panfletos em conjunto com sua irmã, Angelina, através dos quais condenava duramente à escravidão. Cento e cinquenta anos depois da abolição da escravidão nos EUA, ainda há resquícios do racismo predominante na época de Grimké. Sue Monk Kidd, branca, que mora na cidade de Marco Island, na Flórida, nos EUA, relata que cresceu em meio a um sul racista, de pré-direitos civis, e que demorou a erguer sua voz contra o racismo. “A opressão ainda é um fenômeno mais ou menos naturalizado nas sociedades ocidentais com histórico escravista”, pontua a escritora e sulista Sue Monk Kidd.

Que mentalidade predominava no Sul dos Estados Unidos, na primeira metade do século XIX? Historicamente favorável à escravidão, os sulistas eram em sua maioria cristãos protestantes, oriundos de famílias que imigraram da Europa para trabalhar na Costa Leste dos EUA. Segundo Hernâni Francisco da Silva, em O Protestantismo e a escravidão no Brasil, o “fundamentalismo das denominações protestantes dos EUA se transformou em terreno fértil para justificativas da escravidão, que buscavam embasamento doutrinário para apaziguar a consciência dos escravocratas do sul. Citando a história de Noé, identificavam a maldição de Cam, por ter surpreendido o patriarca nu e embriagado, como a maldição dos negros”. Interesses conflitantes.

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No Brasil, segundo Silva, grupos protestantes do Sul dos EUA trouxeram ao País sua mensagem e concepção branca do Evangelho. “Os principais agentes da imigração norte-americana para o Brasil foram pastores protestantes do Sul dos EUA, a exemplo do Rev. B. Dunn, que via no Brasil uma nova Canaã, a terra prometida onde os confederados derrotados na Guerra de Secessão poderiam reconstruir suas vidas, seus lares e suas propriedades, incluindo a mão-de-obra escrava. Pelo menos cerca de 2000 a 3000 sulistas se deslocaram para São Paulo. O aceno de encontrar terras em abundância com mão-de-obra escrava certamente foi decisivo para que famílias inteiras, acostumadas a um estilo de vida escravista, se deslocassem do Sul dos EUA para o sudeste brasileiro […] De uma maneira geral os protestantes no Brasil só tomaram uma posição contra a escravidão quando a abolição já era unanimidade”, pontua Hernâni Francisco da Silva.

Alcides Gussi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), contraria alguns historiadores ao declarar que apenas quatro famílias protestantes possuíam um total de 66 escravos entre1868 e 1875. Hélio de Oliveira, em A Igreja Presbiteriana do Brasil e a Escravidão (Universidade Mackenzie), declara que, embora tímida, “a participação dos presbiterianos no processo abolicionista brasileiro foi construtiva e a mais expressiva dentre todas as denominações protestantes em processo de implantação no país no período de 1870 e 1888”. Oliveira pontua: “a prioridade das missões presbiterianas instaladas no Brasil a partir de 1859 era o estabelecimento e o desenvolvimento da sua obra missionária. Temia-se que o envolvimento precoce com a questão abolicionista poderia colocar em risco o processo de implantação da igreja, uma vez que o catolicismo era a religião majoritária e detinha inquestionável influência política”.

O envolvimento de protestantes com a escravidão ocorreu de forma diferenciada, nem sempre compatível com o que alguns historiadores pontuam, como se subtende das declarações de Hélio de Oliveira e Alcides Gussi. Oliveira, citando Júlio Andrade e Émile Léonard, chega a declarar que dos onze prosélitos que a comunidade presbiteriana de São Paulo recebeu em 1879, havia cinco escravos. “… [eles] também forneciam às igrejas bom número de membros. Sobre onze prosélitos que a comunidade presbiteriana de São Paulo recebeu em 1879, contavam-se cinco escravos. Tratava-se, o mais das vezes, de criados domésticos que adotavam a religião de sua patroa; mas outras vezes de escolha inteiramente livre, que era objeto de longas oposições; é assim que uma das negras de 1789, Felismena, precisou esperar quatro anos a permissão de seu senhor”.

De fato houve certa conivência ou resguardo de alguns grupos protestantes oriundos do Sul dos EUA, mas limitava-se a pequenos núcleos familiares, ao uso de escravos em trabalhos do lar, mas de forma diferente da usada por católicos – a exemplo da Ordem de São Bento que utilizava escravos em uma fazenda no ABC paulista. Do lado protestante havia movimentos localizados, de fundamentalistas, que interpretavam o Evangelho à sua maneira. Eram grupos isolados. Na segunda metade do século XX, mais precisamente em 1964, movimentos liderados por cristãos clamavam por uma resposta à “ameaça comunista”. Denominada de Marcha da Família com Deus pela Liberdade (MFDL), o movimento resultou em mais de vinte anos de opressão militar, privação de direitos, terrorismo e torturas. Reeditada de forma pífia no dia 22 de março, a MFDL reuniu apenas mil manifestantes em São Paulo e foi marcada por exemplos de extremismo religioso, de conivência com as mortes praticadas pelos militares. Igualmente há grupos evangélicos extremistas, localizados, que recorrem a expressões chulas, ao apoio de líderes e movimentos cuja moral é questionável. É um grupo isolado, contrário a maioria, que não verbera pelo amor ao próximo, ao pecador. Registre-se!

Johnny Bernardo

O Evangelho ostentação

Recentemente a palavra ostentação tem ganhado grande destaque nos principais meios de comunicação, principalmente através daquilo que é chamado de funk ostentação. A palavra ostentação significa exibição exagerada, ou seja, é o ato de exibição daquilo que se tem em busca de status ou reconhecimento dentro de determinado grupo. A ostentação não é um atributo apenas de alguns funkeiros, onde procuram cantar e exibir carrões, roupas de marca, relógios de ouro, etc., mas existe em vários lugares e se manifesta de diversas formas (no meio político, intelectual, entre ricos e pobres).

Porém, é vexatório, aterrorizante e lamentável detectar uma espécie de “evangelho da ostentação” crescendo também no Brasil. Os modus operandis são os mesmos de outras manifestações do espírito da ostentação. Nos bailes funk o conteúdo das músicas fazem sempre apologia a belos carros, lugares glamorosos, roupas e relógios de marcas luxuosas, enquanto isso, os funkeiros exibem tudo aquilo que cantam para que seus seguidores continuem dando crédito a eles.  O show dura aproximadamente meia hora e o valor varia entre cinco a oitenta mil reais, ou seja, no palco encontra-se um artista lucrando para ostentar, falar e cantar sobre tudo aquilo que as pessoas desejam possuir, e na plateia normalmente estão aqueles que pagam para ouvir aquilo que desejam ter, mas que de fato não têm nem mesmo o dinheiro da passagem de ônibus de volta para a casa. E depois dizem que os desequilibrados mentais são apenas aqueles que estão internados em hospitais psiquiátricos.

Pior do que isso é observar o mesmo espírito crescendo dentro do contexto cristão evangélico, onde a cada dia aumenta-se o número de pregadores que pregam um evangelho da ostentação, ao mesmo tempo em que cresce um grupo de pessoas que acreditam que Evangelho de Cristo Jesus é ter coisas para poder exibir a outros.

Basta ligar o rádio ou a televisão para encontrar esses pseudos-pastores com os seus relógios (em grande parte apenas replicas) de marcas, roupas de grife, falando de carrões, mansões, dinheiro, e toda espécie de riqueza material, prometendo o que o evangelho jamais prometeu, e profetizando aquilo que Deus jamais mandou profetizar.

O lado ridículo e lamentável desse quadro fatídico é o povo que acredita, ou melhor, decide acreditar em fábulas e historinhas como de Alice no país das maravilhas, estando sempre hipnotizados pelo engano, tornando-se os próprios mantenedores desse processo diabólico, que procura apenas manter a luxuria e as idiossincrasias de lobos vestidos de ovelhas.

O resultado disso é o crescimento do engano, ao mesmo tempo em que cresce a ignorância e a alienação de um povo que declara Deus com seus lábios, mas que O negam em suas escolhas egoístas e carnais.

O Evangelho da Cruz não coaduna com o evangelho da ostentação humana, o Evangelho do Servo sofredor não coabita com a avareza transvestida de espiritualidade pagã, o Evangelho do Cordeiro imolado não compactua com o evangelho de homens amantes de si mesmo.

De modo que, de fato os dias hodiernos são tenebrosos, onde os homens buscam a glória da ostentação material, enquanto que, a glória para o maior missionário da historia  da Igreja (o apóstolo Paulo) era o significado da cruz de Cristo -” Mas longe de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo”. (Gálatas 6.14).

Tem alguma coisa muito dissimulada, sutil, diabólica, mortal, e engenhosamente arquitetada para o mal acontecendo dentro dos muros do contexto igreja. Num tempo onde sobram meninos e faltam homens, numa geração de cegos guiando cegos, e loucos governando enlouquecidos, que Deus na sua grandiosa misericórdia e bondade ajude os eleitos a permanecerem com a consciência e a esperança somente no Evangelho da cruz de Cristo Jesus.

Pastor Samuel Torralbo

A crise do crescimento

A igreja evangélica passa por uma intensa crise de identidade no Brasil. Fala-se em crescimento, mas que tipo de crescimento? De um lado, dados do IBGE apontam para 42,5 milhões como sendo o número de evangélicos; do outro, a impressão interna é a de um crescimento desordenado, deficitário, sem raízes ou fundamentação sólida.

O que tem crescido – e que deve ser motivo de preocupação e análise – é o número cada vez maior de novas igrejas e ministérios. Disputas por poder – da impossibilidade de ascensão ministerial – e interesses pessoais, econômicos, são alguns dos vários motivos pelos os quais levam lideranças a organizarem suas próprias denominações.

Na maioria das vezes acrescentam-se expressões de impacto ou títulos adicionais, como Assembleia de Deus Coluna de Fogo e Avivamento Bíblico Restaurado, permanecendo nas novas denominações aspectos da igreja-mãe. Raramente são abertas novas igrejas por diferenças doutrinárias ou estratégia de trabalho e visão diferenciados.

É possível encontrar, em uma mesma rua, avenida ou bairro, até duas ou mais assembleias de Deus, por exemplo.  Quase sempre são alugados pequenos salões, que passam a abrigar um pequeno número de membros, na maioria das vezes de uma mesma família, ou círculo de amizades.

São igrejas sem ação, que fomentam uma espécie de “religiosidade” mesclada com interesses pessoais, e um completo desinteresse para com a vida pessoal de seus membros ou congregados, de suas necessidades de habitação, alimentação, vestuário.

Diferenciam-se de suas vizinhas pela eloquência de suas pregações – extremamente desprovidas de compaixão – e canções repetitivas. Não há diálogo, não há cooperação entre igrejas vizinhas, sendo um reflexo do que se dá em nível nacional. A Igreja, no Brasil, é uma igreja de múltiplas faces, de múltiplos interesses e projetos pessoais. A unidade é, portanto, uma utopia.

Igualmente tem diminuído a presença da Igreja na sociedade, no diálogo com a população. A Igreja caracteriza-se como uma igreja de templos, de reuniões infindáveis, de liturgia rotineira e massante. Ao invés de crescer para além de suas paredes, muitas igrejas têm se retraído cada vez mais.

Resultado: crentes passam a exercer uma fé alienada da Igreja, de seus templos e liturgias. Saem em busca de Deus, de uma experiência espiritual mais profunda, desprovida de regras e costumes que os distanciem de Deus. Outros desistem da fé, voltam às práticas anteriores à conversão, desiludidos com seus líderes e irmãos. É uma realidade em ascensão!

Johnny Bernardo