O Protestantismo e o Estado de bem-estar social

Dois elementos caracterizam os países escandinavos: o protestantismo histórico e o Estado de bem-estar social. Com maiores índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Noruega, Suécia, Islândia e Dinamarca desbancam países de maioria católica, como Polônia, Espanha, Malta, Andorra. Mas à que se deve o crescimento verificado nos países escandinavos? Poderíamos atribuir ao Protestantismo Histórico, ou a política de bem-estar social promovida pelo Estado? São processos combinados, intercalados, indissociáveis? Seja qual for a posição defendida, o fato é que os Estados Escandinavos são exemplos de como um Estado deve funcionar, da maneira como deve se dirigir ao povo, aos cidadãos de seu domínio.

Desenvolvido a partir da década de 1930, o Estado de bem-estar social foi principalmente impulsionado pela Social-Democracia, em um meio caminho entre o capitalismo e o socialismo. Passou por um período de crise na Inglaterra, sendo substituído pelo Neoliberalismo – fato que ocasionou a perda de direitos adquiridos, levando a uma nova crise social. Nos países nórdicos, no entanto, o modelo progrediu e hoje é referência mundial em “políticas públicas”. Diferente de alguns países latino-americanos – que tratam as “políticas sociais” como assistencialismo -, os países escandinavos as veem como um “investimento”, uma maneira de “impulsionar o crescimento”. É o que defendia o sociólogo, economista e social-democrata sueco, Gunnar Myrdal (1898-1987).

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A lógica é a seguinte: com a população desfrutando de bens públicos de qualidade, obviamente haverá reflexos no mercado de trabalho, na economia nacional. São elementos, características, indissociáveis. Matéria publicada em 2013 pela The Economist (revista com base em Londres, Inglaterra), afirmou que os “países escandinavos são provavelmente os melhores governados no mundo”. No mesmo ano, um relatório da ONU (o World Happiness Report 2013), sublinhou que os países mais “felizes do mundo estão localizados no norte da Europa, e tem a Dinamarca como cabeça”. Além de melhor IDH do mundo, os nórdicos também possuem o mais alto PIB (Produto Interno Bruto) em relação a outros países desenvolvidos. Prova do Estado de bem-estar social, a primeira vítima fatal da polícia islandesa ocorreu em dezembro de 2013, quando um senhor de menos de 60 anos foi morto após troca de tiros. Foi um “incidente sem precedentes”, demonstrou o chefe de polícia nacional, Johannessen, em uma coletiva com a imprensa em Reiquejavique.

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Publicado em 19/04/2014, em Colunas e marcado como , , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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